Vitória do Xingu fica no sudoeste do estado Pará, mesorregião de Altamira, apesar de ter sido emancipada a menos de três décadas a região já tem presença de homens brancos desde os tempos da expansão território que o país viveu no século 18. O primeiro branco a chegar à região da atual Vitória do Xingu foi o padre Roque Hunderpfund que, em 1750 com a ajuda dos índios xipaias e curuaias, abriu uma trilha para transpor a “Volta Grande” do Xingu, onde fundou, um pouco acima de onde hoje é a cidade de Altamira, a missão Tavaquara, que foi abandonada após a expulsão dos jesuítas do Brasil.
Em 1868 dois capuchinhos italianos, os frades Ludovico e Carmelo Mazzarino, aportaram em Vitória do Xingu, pequeno povoado habitado por seringueiros, e com a ajuda dos índios xipaias e curuaias reabriram as picadas tomadas pela mata que haviam sido feitas por padre Roque. Essas picadas faziam a ligação de Vitória com a parte a montante da Volta Grande do Xingu.
Por volta de 1875, no povoado de Vitória, já haviam se instalado alguns comerciantes que viviam da exploração da borracha feita por nordestinos que recebiam aviamento dos comerciantes e embrenhavam-se nas matas para a extração do látex. Foi nesse clima que o piauiense Coronel Gaioso pegou a empreitada de construir uma estrada que ligasse Vitória a Altamira com o intuito de ganhar muito dinheiro com o pedágio, pois aplicara muito dinheiro em empreendimentos financeiros e em escravos. Mas a abolição da escravidão podou seus planos.
Em 1891 chegou ao Xingu o fazendeiro baiano Agrário Cavalcante, que, também visando a obtenção de lucros, concluiu a estrada que ainda fez a ligação de Vitória com Altamira. Nesses relatos podemos observar que a formação dos primeiros habitantes de Vitória do Xingu contou com contingentes de nordestinos, índios, negros e caboclos.
No final do século XIX, mais precisamente nos anos de 1883 e 1896, respectivamente, duas expedições estrangeiras percorreram o Xingu, a do naturalista alemão Karl von den Steinen e do cientista francês Henri Coudreau. Henri Coudreau, em seu livro intitulado “Voyage au Xingu”, fez descrições detalhadas das três etapas obrigatórias da estrada. O pesquisador também percorreu a Estrada Pública Cachoeira-Ambé-Altamira.
Após sua criação do município em 1991, Vitória do Xingu passou a ter os seguintes limites: ao norte limite-se com Porto de Moz e Senador José Porfírio, ao sul e a oeste com Altamira e ao leste com Senador José Porfírio.
Hoje de acordo com os dados do IBGE, Vitória do Xingu dispõe de uma área de 3.135,2 km² e uma população, de acordo com o censo de 2010, de aproximadamente 13.431 habitantes, haja vista que a grande maioria está localizada na zona rural, num total de 8.069 habitantes, para 5.362 habitantes na zona urbana. Esses dados nos fornece a densidade demográfica do município é de 10,74 habitantes/km².
O atual Prefeito é o senhor Márcio Viana Rocha, natural de Altamira-PA, um jovem empresário e assim como a maioria dos vitorienses, sempre acreditou no potencial dessa cidade. Esse é seu primeiro mandato na vida política.
O atual Vice-Prefeito é o senhor Rogerio Soares Pereira, casado, pai de 2 filhos, natural de Mantena-MG, mora há 34 anos no município de Vitória do Xingu. Foi secretário de obras do município por 8 anos. E esse é o primeiro mandato na vida política.
Outros dados:
A cidade tem roteiros turísticos ainda rústicos, porém bastante atrativos, áreas de quedas d’água, uma hidrelétrica 100% nacional, áreas de praias, gravuras em pedras na Volta Grande do Xingu.
No calendário anual, tem o VITSol durante o verão, festa de maio da igreja católica todo início de ano (Festividade de Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos), Carnavix com show nacionais. A população vive da pesca, comercio local e pecuária.